O Governo de Minas Gerais decretou situação de emergência em saúde pública em 2 de maio de 2025, devido ao aumento expressivo de casos de doenças respiratórias, especialmente a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O decreto, assinado pelo governador Romeu Zema, tem validade de 180 dias e permite a adoção imediata de medidas administrativas e assistenciais para ampliar a capacidade de resposta do Estado .
A infecção, que marcou uma pandemia mundial há cinco anos, continua sendo transmitida da mesma forma que a influenza e a bronquiolite (vírus sincicial respiratório, o VSR) e, desde o início de 2025, já matou 98 pessoas em Minas Gerais. A média é de uma vida perdida por covid a cada 29 horas, segundo dados da Vigilância Epidemiológica do Estado. Na avaliação de especialistas, a baixa cobertura vacinal dificulta o controle da doença em um ano em que as infecções respiratórias já levaram Belo Horizonte, Contagem e Betim a decretarem situação de emergência.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), mais de 13,6 mil casos de covid-19 foram confirmados neste ano até o dia 28 de abril. A média é de quase 120 diagnósticos por dia — transmissões que podem ser fatais para o público-alvo da vacinação: idosos, gestantes, crianças menores de 5 anos e pessoas imunossuprimidas.
Belo Horizonte registrou um aumento no número de atendimentos devido a quadros respiratórios nos centros de saúde. Em abril foram 63.217 casos, no mês anterior, em março, foram 42.435 atendimentos.
O município também registrou a necessidade de leitos pediátricos. Foram 69 solicitações de internação para crianças menores de 1 ano entre os dias 23 a 29 de março. Entre os dias 20 a 26 de abril, este número passou para 196.
O número de solicitações de leitos para as crianças na faixa etária de 1 a 4 anos também aumentou. Entre os dias 23 e 29 de março, foram 50 solicitações, já entre os dias 20 e 26 de abril esse número subiu para 82.
Medidas Adotadas
O decreto estadual prevê:
• Criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por SRAG (COE-Minas-SRAG) para coordenar ações durante o período de emergência .
• Contratação emergencial de profissionais de saúde e aquisição de insumos sem necessidade de licitação .
• Reorganização da rede de atenção à saúde e intensificação das ações de vigilância e prevenção .
Além disso, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) abriu edital para contratação emergencial de 110 profissionais para reforçar hospitais de referência em Belo Horizonte . 
️ Situação nos Municípios
Seis cidades mineiras também decretaram emergência em saúde pública devido ao aumento de casos e internações por doenças respiratórias: Belo Horizonte, Contagem, Betim, Santa Luzia, Pedro Leopoldo e Conselheiro Lafaiete .
Em Sete Lagoas, o decreto municipal considera a circulação de diversos vírus respiratórios causadores de SRAG, pneumonias e bronquiolites, além da sazonalidade climática, caracterizada pela queda nas temperaturas e baixa umidade do ar, fatores que favorecem a disseminação dessas doenças . 
Impacto nas Crianças
O aumento de diagnósticos pediátricos, principalmente em crianças menores de 5 anos, motivou a necessidade de reorganização imediata da rede de atenção e intensificação das ações de vigilância e prevenção .
Ações Futuras
O governo estadual, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), continuará monitorando a situação e implementando medidas para conter o avanço das doenças respiratórias. A população é orientada a manter as medidas de prevenção, como vacinação, uso de máscaras em ambientes fechados e higienização frequente das mãos.
Para mais informações e atualizações, acesse o Painel de Monitoramento dos Casos da SES-MG.
